Curiosidades - Estrelas nos escudos I

Estrelas nos escudos

As estrelas nas camisas e nos escudos de futebol atualmente são usadas como um condecoração muito almejada entre os clubes de futebol. Mas como tudo no mundo, nem sempre foi assim e essa moda começou quando? Onde começou?
Com a criação da FIFA e federações, era obvio que grandes campeonatos seriam organizados, após alguns anos passou-se a utilizar uma "condecoração" nos escudos, principalmente acima. Essa moda, segundo a revista Placar Magazine de 1982, iniciou aqui no Brasil - isso mesmo! - com o Santos Futebol Clube, recém bicampeão da Copa Intercontinental de 1962 e 1963. Na época a diretoria alvinegra praiana teve a ideia de bordar duas estrelas, uma para cada título, sobre o escudo, como forma de registrar o feito pelo esquadrão de Pelé, Pepe e companhia. O que era justo, afinal, aquele Santos era uma máquina e tinha acadado de vencer nada mais, nada menos que o Benfica de Eusébio e o Milan de maneira consecutiva. Anos depois, foi a vez da CBD (atual CBF) aderir a moda, para festejar o tricampeonato mundial, mandou bordar três estrelas verdes sobre o escudo da confederação simbolizando os títulos de 1958, 1962 e 1970. As estrelinhas do tri mundial foram apresentadas ao mundo em 1974, que virou uma febre dentre as federações e clubes.



Camisa usada pelo rei Pelé na copa de 1970, ainda sem as estrelas

Craque "Riva", o Rivellino na Copa de 1974 e as três estrelas do tri estampadas na camisa

Daquele dia em diante, todos os clubes do mundo passaram a forrar seus brasões com estrelas simbolizando títulos, a princípio. Aqui no Brasil, os dirigentes não hesitaram em cobrir seus escudos com estrelas, o Americano do Rio de Janeiro, por exemplo, aderiu a uma constelação de nove estrelas em seu escudo em comemoração ao eneacampeonato do antigo estado do Rio de 1967 à 1975, já o Náutico de Recife, aderiu a seis estrelas vermelhas dentro do seu escudo em 1969, simbolizando o hexacampeonato pernambucano de 1963 à 1968.
      Aqui no Brasil, esta "moda" não tem tanto critério. O clube não precisa necessariamente ser campeão de alguma coisa no futebol para colocar uma estrela em seu peito, como é o caso do São Paulo Futebol Clube, que há duas estrelas amarelas em seu escudo homenageando as duas amarelas representam as conquistas de Adhemar Ferreira da Silva, então atleta do SPFC, nas Olimpíadas de: 1952 - Helsink (Finlândia) medalha de ouro no salto triplo com 16,22m e em 1956 - Melbourne (Austrália) medalha de ouro no salto triplo com 16,35m. E do Clube de Regatas Vasco da Gama, que tem algumas estrelas em seu uniforme representando conquistas nas épocas em que o remo era um esporte muito praticado no Brasil.
       Na Itália, pioneira na Europa a aderir as estrelas em suas vestes, o critério era outro, segundo a revista Mundo Estranho: - "lá, os times só podem exibir uma stella d’oro (“estrela dourada”) acima dos escudos quando conquistam dez campeonatos nacionais – honra alcançada por apenas três clubes até hoje: Internazionale, Milan  e Juventus.A idéia de usar o símbolo a cada dez campeonatos italianos nasceu em 1958, após a Juventus ganhar seu décimo título nacional. A decisão foi tomada por Giuseppe Pasquale, então presidente da liga dos clubes italianos – entidade responsável pela organização do torneio. Apesar de ter virado tradição na Itália, essa padronização não pegou em outros lugares. Se no Brasil os times enchem os uniformes de estrelas sem seguir nenhum critério, em outras potências no mundo do futebol, como Espanha, Inglaterra, Alemanha e Argentina, ninguém dá muita bola para elas e os clubes preferem manter suas camisas com os escudos limpos, livres de qualquer constelação." Interessante, não?



Referências: Revista Placar Magazine, 1982, pag 33-36
Revista Mundo Estranho

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